domingo, 23 de novembro de 2008

Pai

Hoje depois do ensaio sai para beber umas cervejas e trocar algumas idéias com o nosso vocalista novo em um daqueles bares lado B da cidade/sociedade –os meus bares favoritos.
Um dos velhos bêbados do local perguntou se eu não era filho do Milton e conversei um tempo com ele, disse ser amigo de infância do meu pai apesar de não o ver a tempos e me contou das aventuras que viveram juntos...
Algo semelhante com outro velho já acontecerá no passado e sempre cheguei em casa com orgulho, não só pelas histórias do passado mas também por saber que ele esta em casa dormindo ao contrário do caminho que seguiram alguns amigos daquela época.
No caminho parei para cumprimentar um conhecido e um dos jovens que estava com ele fez a mesma pergunta: “Tu não é o filho Milton?”.
Alguns minutos de conversa agradável depois, fui para casa pensando sobre o fato de ser conhecido como “filho do Milton” e o quanto, apesar de tudo, isso me deixa orgulhoso.
Eu e ele brigamos muito, não passa de um velho rabugento e careta...
Mas um velho que teve mais aventuras que eu, que hoje dorme tranqüilo e quando briga comigo, tenho certeza que é para evitar que eu cometa os mesmos erros que ele cometeu no passado.
A única coisa que lamento em relação ao meu pai é até hoje nunca ter dito que o amava, mas eu ainda tenho tempo.

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