sexta-feira, 12 de junho de 2009

Bébê Préviô

Hoje fiz um estudo de campo, junto de amigos (Vivian e Julien), adentrei o culto dos filhos da burguesia.
O local era cheio de luzes, formas e graves em uma “música” apenas rítmica.
Era um local disforme, sem sentido, alias, sem sentido como tudo aquilo, o convívio dos jovens da classe alta que não teriam dinheiro para estar ali, mas bancados pelos pais (muitos dos quais organizadores, lucrando com tudo) eram os protagonistas do lugar, e eu, que lá estava com meu dinheiro suado, era a ralé entre aquelas marionetes.
Nunca senti tanto orgulho em causar desprezo.
A “música” surgiu puramente rítmica, talvez nos primórdios dos tambores tribais, e agora estava reduzida aquilo novamente... Os admiradores dela então não passavam de neandertais travestidos com a moda.
Incrível como tudo naquele lugar não passava de uma grande farsa, uma ilusão... E os que desafiam aquela realidade eram os malucos, os loucos frente aos demais caretas cheiradores de cocaína.
O no final, anojados ainda mais de nossa podre realidade, fomos embora, saímos do luxuoso restaurante que na verdade não passava de um galpão e atravessamos a ponte do lago, que por sua vez não passava de um fosse de barro.
Mas agora preciso dormir, afinal eu tenho que trabalhar amanhã, eles não.

3 comentários:

  1. Me identifiquei totalmente... Sei exatamente o que tu fala.

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  2. Eu estiva lá -junto- e ainda não esqueci tamanha ilusão, tão sem sentido quanto aquele "telão" virado. As pessoas figindo viver pelo simples fato, de terem corpos que podiam balançar sempre ao som da mesma batida. Despresivel...Com exceção de uns 3 elementos que se salvavam...:P


    hehe...Nd como uma tarde chuvosa, sem aula, para ficar escrevendo comentários...

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