domingo, 17 de outubro de 2010

Sem saída

Não existe felicidade, não existe rock and roll, não existe sexo, não existe liberdade, não existe futuro, não vivemos, não nascemos, não morremos, somos apenas algo preso.
Preso dentro de nós mesmos, fadados a viver eternamente a mesma realidade, fadados a não acreditar nas fadas. Fadados a acreditar em fadas.
Negar a nós mesmos aquilo que mais queremos, presos a antigos rituais, mortos.
Fascinante morte em liberdade, escolho agora meu destino, escolho agora ser o senhor de minha própria vontade.

3 comentários:

  1. Teu 1º parágrafo me suscita a pergunta e as drogas? Existem? Neste mesmo parágrafo afirma que somos apenas algo, preso, mas somos algo... Agora no 2º parágrafo, quando explica onde estamos presos, vc me fez lembrar Maturana :D, somos sistemas fechados... Negamos a nós mesmos em rituais e isso tem a ver com a cultura, que vai contra nós mesmos, mas quase ninguém percebe. Odeio esse mundo tanto quanto você, mas só pode existir o que eu acredito que existe... é só assim que as coisas podem existir... E talvez seja a fascinante liberdade, guia por nossa própria vontade, que nos conduz lentamente até a desejada morte... e é esse o nosso destino...

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  2. Na verdade, eu acho que sequer nós existimos... Não enquanto nós mesmos somos negados por nossas próprias negações.

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  3. ...mas no fim do arco-íris existe um pote de ouro,mas o melhor, é que logo depois do pote, tem um duende que troca garrafas cheias de conhaque pelas moedas do pote que ele não pode tocar.

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